sexta-feira, 10 de julho de 2015

Pré-natal Psicológico


Queridas mamães, após um tempo de férias, o blog retoma suas postagens com esse tema tão importante, embora pouco difundido. Vocês já ouviram falar?? Trago para vocês um pouco sobre o pré-natal psicológico em breves perguntas e respostas! Espero que gostem!!

O que é o pré-natal?

É o acompanhamento da mulher desde o início da gravidez até o período puerperal, realizado pelo médico obstetra. O objetivo é possibilitar o nascimento de uma criança saudável e garantir o bem estar da dupla mãe-bebê.
 

O que é o pré-natal psicológico?

É o acompanhamento psicológico da gestante, com intervenção psicoterápica, podendo iniciar antes da gravidez e se prolongar até o puerpério. O objetivo principal é oferecer uma escuta especializada à mulher em um espaço onde ela possa conversar sobre seus medos, dúvidas e ansiedades. Assim, as futuras mães podem se preparar melhor para assumirem a maternidade, lidando com as mudanças que ela acarreta.


3) Quem pode fazer?

Qualquer mulher grávida ou que está tentando engravidar e, se desejar, o parceiro também pode participar. Não é necessário estar passando por alguma dificuldade emocional, por ser, também, um trabalho psicoprofilático.

Que benefícios me trará?

A minimização dos riscos de depressão pós-parto é, provavelmente, o mais importante benefício. A mulher começa a se (re)conhecer como mãe, aprendendo a lidar com a descoberta de que a imagem idealizada da maternidade é diferente da realidade vivida.
 

Qual profissional realiza o pré-natal psicológico?

Por se tratar de psicoterapia, ele é realizado por um psicólogo preparado para lidar com todas essas questões.


Onde e como é realizado?

Pode ser realizado no consultório do psicólogo ou em outros espaços adequados. A gestante pode fazer sozinha, mas, o ideal, é que o pai e os avós da criança sejam incluídos em determinados momentos. Também existe a possibilidade de acontecer em grupo, com critérios pré-estabelecidos.


Posso fazer apenas o pré-natal psicológico?

Não. A realização do pré-natal obstétrico é imprescindível para a saúde e bem-estar da mãe e bebê. O ideal é que possa conciliar os dois modelos.

Simone Maria Luz Medeiros Pereira Duarte

domingo, 10 de maio de 2015

Feliz Dia das Mães, de nós, escritoras do Canal Maternidade!


Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor (Nando Reis)



Ser mãe é padecer no paraíso, diz o ditado. Ser mãe, é padecer aqui na terra mesmo, diz minha tia! Mas, no dia das mães, não padecemos em lugar nenhum. Simplesmente agradecemos à vida por nos dar nosso mais valioso tesouro e pela oportunidade de conhecer o amor mais puro e verdadeiro que um ser humano pode sentir e dar. É um dia para reforçar que, apesar das dificuldades, a maternidade foi a escolha mais certa da nossa vida! Desejo um feliz dia das mães à todos os tipos de mãe. Em especial à minha avó, uma mãe suficientemente boa, que viajou antes do combinado, mas, me deu a oportunidade de sentir todo o amor que existe no mundo, de conhecer o significado do que é ser maternal! Desejo um feliz dia das mães especial, também à nós, psicoterapeutas, para que possamos ser, sempre que necessário, “mães suficientemente boas” para nossos pacientes!

Simone Maria Duarte


O nascimento de um filho é tão lindo quanto o nascimento de uma mãe. Ela nasce dessa união; constrói sua fortaleza, seus sorrisos, suas angústias e compartilha do seu mais íntimo ser; escolhe seu melhor sorriso para a hora da chegada; entende suas limitações, mas, ao mesmo tempo, descobre um lado forte que nunca antes havia lhe visitado. Seu amor tão logo será refletido no olhar do seu pequeno, seu sorriso tão logo será multiplicado inúmeras vezes como jamais foi antes; suas dificuldades serão compartilhadas; e o aconchego será a mais profunda sensação de entrega que já experimentou. Ser mãe permite, muitas vezes, compreender que juntos somos um só. Somos o Amor, que brota do olhar, permitindo ao outro ser olhado e enxergar a linda vista que poderá ser contemplada. Dedico essa homenagem a todas as mães e a todos que se colocam nesse lindo papel de se fazer mãe, de se fazer Amor. Que esse dia reflita a pureza e o contentamento que brota desse lindo nascimento. O nascer Mãe.

Mayara Medeiros



Há quem lhe chame o milagre da vida. Há quem diga que é uma experiência que não se pode descrever. Uma mãe é mãe desde o primeiro instante, mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser implantado no ventre, a gente já é mãe do coração. É você amar alguém intensamente, mesmo sem ter visto o rostinho ou ter tocado nesse serzinho que você carrega em seu ventre e que ainda não lhe foi apresentado, mas que você já tem grande amor por ele. A simples descoberta da gravidez já nos traz um turbilhão de emoções inexplicáveis. A vida nunca mais vai ser a mesma. E nos perguntamos: "será que vou ser uma boa mãe?" "Será que vou saber cuidar do meu bebê?" Deixa eu te dizer uma coisa: se você tem medo de não saber o suficiente para ensinar ao seu bebê os caminhos da vida, saiba que é com ele que você vai aprender a trilhar muitos desses caminhos. Enfim! Ser mãe, é agradecer a Deus todos os dias, por ele ter dado a nós o dom divino de gerarmos o ser que nos fará a pessoa mais feliz do mundo e nos transformar nessa pessoa maravilhosa que é “mãe” palavra tão pequena com significado infinito. Desejo um domingo especial repleto de beijos e sorrisos, para todas as mães que passarem por aqui. Mães, madrinhas, avós, tias, todas as mulheres que de alguma maneira tiveram a vida transformada com a maternidade. Obrigada mãe, por tudo que me ensinastes e por tanto amor! 


Larissa Mariane M. de Andrade Macêdo

sábado, 2 de maio de 2015

Até que ponto o uso excessivo de smartphones e tablets na infância como brinquedos podem prejudicar os pequenos?








A era tecnológica nos colocou de vez em um mundo rodeado de smartphones e tablets e,  por meio deles, temos acesso a diversas informações no nosso dia a dia. Mas, como essa nova realidade surge na vida dos pequenos que já nascem com tantos avanços tecnológicos disponíveis?

Desde muito cedo as crianças estão aprendendo a conviver com as mãos pequenas que podem catar as letras miúdas das telas touchscreen de forma bem mais ágil que os dedos maiores dos adultos, como consequência, passaram a interagir de forma diferente com o mundo, visto que nascidos no período em que a internet é tão comum quanto a televisão. 

Facilmente encontramos crianças que ainda não sabem  nem amarrar os sapatos navegando na internet e usando smartphones e tablets. Mas, será  que essa  inserção tão  precoce  no mundo da tecnologia é benéfica para os pequenos?

Sabemos que a tecnologia avançou e que os dispositivos móveis estão em nossas casas, trabalhos e espalhados por todos os lugares. Não é de se estranhar que o acesso dessas tecnologias pelas crianças é uma realidade crescente e que logo pais e familiares apresentam esses instrumentos "queridinhos" do momento.

Os pais podem se surpreender pelo interesse imediato da criança e achar que estão oferecendo um bom aparelho para o seu filho "brincar". Entretanto, o uso em excesso pode causar um desinteresse  em brincar com outros brinquedos ou com outras crianças da sua faixa etária. Contribuindo consequentemente, ao isolamento e a redução do contato social.

Através de observações cotidianas, podemos perceber que muitos pais e cuidadores, apresentam o hábito de usarem os aparelhos eletrônicos como companhia para os pequenos, acreditando que aplicativos de brincar são úteis o bastante, ou ainda com a intenção em deixar a criança quieta para  não atrapalhar o que precisa ser feito. Esquecendo assim, muitas vezes, de ofertarem incentivos importantes para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo (como os jogos de blocos de construção, leituras, quebra-cabeças, brincadeiras de faz-de-conta,  brincadeira de roda, entre outros.).

O que poderá dificultar  o envolvimento dos pequenos em brincadeiras mais criativas, em privação das trocas afetivas e o seu interesse por essas experiências pode ficar restringido.

A infância tem sido apontada como um período crítico para o desenvolvimento das habilidades sociais. Entendemos com isso, que quanto mais o indivíduo for exposto às experiências sociais, maiores serão as suas possibilidades de aprender com essas situações, entretanto, vale destacar que o aprendizado dessas novas habilidades não se restringe apenas a infância.

Mas, se permitirmos que nossas crianças passem tempo demais interagindo apenas com esses brinquedos tecnológicos, o que pode acontecer? Talvez apresentem dificuldades para pedir ajuda para outras pessoas ou se divertir com brincadeiras mais criativas. É possível, também,  que não reconheçam que podem pedir atenção e carinho aos seus papais. Bem como, poderá afetar a sua capacidade de compreensão e de expressão de sentimentos.

É de fundamental importância que nos preocupemos com as relações interpessoais na infância e aceitação social para o desenvolvimento. Pois, o uso inadequado de um aparelho eletrônico é um desafio que as novas tecnologias trouxeram para os pais, pois o seu excesso pode desencadear diversos prejuízos, como déficit de atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar com sentimentos como a raiva.

Se faz necessário destacar que compreendemos que as novas tecnologias não apresenta apenas o lado negativo, mas reconhecemos o seu importante papel na transformação e difusão do conhecimento, contribuindo de maneira positiva na infância assim como na mudança cultural, entretanto, queremos  enfatizar que é preciso ter em mente que uma criança que brinca e que se diverte com os amigos, é uma criança que expressa suas vontades, que expressa seus sentimentos, chora quando está triste, briga quando está com raiva e faz bagunça.



Larissa Mariane M. de Andrade Macedo 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Grupo para gestantes

Foto: recantolirica.files.wordpress.com


Mamães leitoras, vocês já ouviram falar dos grupos de gestantes? Há diversos tipos de grupo que as gestantes podem se interessar. Alguns são mais voltados para "palestras" e explicações e outros são mais terapêuticos.

Os nove meses de gestação são mágicos para as mães, mas também, são uma fase de muitas angústias, incertezas, medos e etc. Embora muitos companheiros sejam atenciosos com a mulher, a gravidez se torna um momento "solitário", pois o homem é incapaz de sentir toda a gama de sentimentos que a gestante experimenta.

Então, o que acham de um grupo de gestantes? Independente da finalidade, terapêutico, de auto-ajuda ou informativo, ele oferece à gestante um espaço de troca de experiências, de esclarecimento de dúvidas e também de apoio. Alguns tem duração reduzida, outros costumam se estender até o pós-parto. Cada um tem suas características de funcionamento de acordo com sua finalidade e, antes de participar, é interessante tirar todas as dúvidas.

Se interessou? Procure saber se na sua cidade há algum grupo para gestantes e aproveite a experiência para se sentir mais confortável e segura nesse período tão especial!

Simone Duarte

terça-feira, 14 de abril de 2015

A importância das histórias infantis

Foto: www.mundoleitura.com.br

Quanto mais histórias extraordinárias e diversificadas conhecemos, mais se abrem possibilidades de abordarmos nossos problemas, pois elas funcionam como uma espécie de metáfora da realidade. Quando temos um suporte familiar adequado, temos a possibilidade de sermos mais flexíveis emocionalmente e podemos pensar em meios de resolução de nossos problemas. Se então, juntarmos nosso adequado suporte familiar com as histórias que conhecemos, podemos ampliar nossa capacidade de lidar e reagir adequadamente diante de situações difíceis.

As histórias infantis são muito ricas em fantasias, ficção. São histórias mágicas e, por vezes, absurdas. E, por serem assim, sem mensagens diretas, as crianças podem usá-las, por exemplo, como auxílio em sua fase de desenvolvimento, como ferramenta que as ajudam a elaborar suas questões. Isso acontece porque, as crianças, geralmente, preferem as histórias sem fins pedagógicos claros, ou seja, se interessam mais por histórias fantasiosas. Embora isso não signifique que não se devam educar as crianças ou deixá-las apenas imersas em fantasias e alienação.

Nós, crianças e adultos, precisamos da fantasia na nossa vida, precisamos de espaço para sonhar e, então, poderemos suportar as dificuldades da vida. Em muitas histórias infantis, são abordados temas complicados e, algumas crianças, conseguem enfrentá-los sem que se precise abrir mão da fantasia.

Para as mamães de plantão, vocês já pararam para pensar sobre algum personagem específico ou sobre alguma história?? Provavelmente alguma mãe vá se identificar se eu trouxer o exemplo do Dudu, personagem da Turma da Mônica. O Dudu é um menino que não come e sua mãe vive desesperada com a situação. Ele frustra os desejos da mãe, rejeita o que ela lhe oferece e vomita suas imposições. Ele sofre de uma certa anorexia que pode fazer parte da primeira infância. Essa situação ilustrada pelo Dudu é uma forma das crianças negociarem o amor ou atenção dos pais a partir da alimentação. Isto é, a criança percebe que tem o poder de influenciar os pais quando não come o que lhe oferecem.

E então mamães? Já pararam para pensar na próxima história que contarão para os seus pequenos? Utilizem esse momento ao máximo, conversem sobre a história, relembrem momentos, entrem na fantasia e "loucura" infantil. As histórias podem auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem e no interesse pela leitura, além de estimularem a imaginação, a criatividade dos pequenos. Boa leitura à todos!!

Simone Duarte

CORSO, Diana Lichtsein. CORSO, Mário. Fadas no divã: psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre. Artmed, 2006.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Dificuldade em se afastar dos pais e apego em excesso pode indicar Ansiedade de Separação

Foto: MorgueFile

Filhos naturalmente podem ser muito apegados aos pais (ou a alguém com quem possuem uma aproximação maior) e isso está ligado a várias circunstâncias como a idade da criança, algum evento específico, seu temperamento, etc. Devido a esse apego, é comum que pais lidem com situações em que a criança chora, grita ou esperneia quando eles saem para trabalhar ou quando ela precisa ir para a creche, por exemplo. Esse comportamento faz parte do desenvolvimento normal e demonstra que a criança construiu vínculos afetivos e enxerga nos pais uma referência de segurança a quem recorrer.

Dependendo da idade da criança (quanto mais nova, mais comum que aconteça) realmente pode ser assustador se separar dos pais. Sabemos que não é do dia para a noite que se adquire autonomia, e que se constrói a própria identidade. Porém, a partir de certa idade, se espera que a criança desenvolva essa autonomia, de acordo com suas capacidades e explore o mundo e suas possibilidades. As situações do dia a dia, por mais que desconhecidas, devem ser vivenciadas e não causar sofrimento extremo. 

Por isso hoje vou falar de um tema que é comum na infância e na adolescência e que precisa ser discutido para que os pais percebam quando devem procurar ajuda. Inicialmente alguns podem dizer: “é uma criança muito apegada, não consegue ficar longe dos pais”. Mas até que ponto isso traz prejuízo à criança e aos pais?

Chamamos de Ansiedade de Separação quando a criança possui sentimentos intensos de medo e angústia por ter que se separar dos pais. Esse quadro causa prejuízos na vida da criança, a impede de se dedicar aos estudos plenamente, prejudica sua vida social e nos leva a uma série de situações que vou descrever para que vocês possam estar atentos. 

- Qual a idade do seu filho?

Quando falamos de ansiedade de separação a idade é importante, pois indica se a criança já entende algumas situações, se já consegue se relacionar com outras crianças e adultos, se já sabe realizar algumas tarefas sozinha, etc. Isso interfere no medo de se separar dos pais e tende a diminuir à medida em que ela cria mais autonomia e confiança.

O período entre seis meses a dois anos é uma fase onde existe um medo maior quando a mãe ou o pai se afasta. Isso porque a criança ainda não entende que os pais sairão, mas depois irão retornar... é algo comum da idade e naturalmente desaparece com o desenvolvimento.

A ansiedade de separação tem início antes dos seis anos, mas pode se estender até a adolescência. Portanto, é importante observar como a criança se comporta até essa idade e se ainda apresenta dificuldades significativas ao ficar longe dos pais. 

- Esse comportamento é persistente e excessivo?

Como é comum que crianças pequenas apresentem ansiedade devido à separação, devemos analisar se essa ansiedade é persistente e excessiva. Se seu filho chora copiosamente ou se preocupa constantemente com o fato de ficar longe de você, analise se é algo persistente (que dura pelo menos 4 semanas) e excessivo. Uma criança com ansiedade de separação começa a demonstrar uma reação exagerada e um medo irreal, que não se justifica (como por, exemplo, medo da mãe sofrer um acidente, morrer ou simplesmente medo que as pessoas queridas “desapareçam”, em situações em que isso não é provável acontecer). 

- Como essa ansiedade aparece no comportamento do meu filho (a)?

Crianças pequenas irão chorar, gritar ou ter crises de raiva para evitar ao máximo a separação. Essa é a forma que elas encontram de se comunicar. Lembrando que essas reações que estamos falando devem ocorrer antes, durante ou imediatamente após o momento que a criança se separa da pessoa querida. Isso pode ocorrer em diversas situações, seja no momento de ir para a creche ou até dentro de casa, como a mãe ir à cozinha enquanto a criança fica no quarto (quando se percebe que há uma ansiedade exagerada até em situações corriqueiras). Já as crianças com mais idade podem demonstrar essa ansiedade de forma mais sutil. Elas podem não chorar, mas os pais vão perceber preocupações e temores exagerados (medo que os pais sofram um acidente, que sejam sequestrados ou que não voltem para casa, preocupação exagerada com os horários de saída e chegada, etc.). É comum também ligar exageradamente para os pais, se certificando que esteja tudo bem.

A hora de dormir também é importante. Crianças que têm medo de se separar dos pais sentem desconforto nesse momento, podem ter dificuldades em adormecer ou somente conseguir dormir na presença dos pais e essa rotina tende a permanecer por um tempo considerável. Pode existir também uma grande angústia sobre a possibilidade de dormir fora de casa, o que a faz evitar situações sociais. Pesadelos recorrentes com o tema separação podem aparecer.

Observe também se seu filho apresenta dores de cabeça, vômitos, náuseas e dores abdominais. Essas reações somáticas são comuns em quadros de ansiedade.  As náuseas podem ocorrer, por exemplo, pouco tempo antes de ir para a escola ou após os pais saírem de casa. A criança pode adoecer para evitar sair ou para que a mãe falte ao trabalho e permaneça em casa, por exemplo.

Crianças com ansiedade de separação podem tentar ao máximo adiar o momento da separação, por isso é bom estar atento. Demora demais no banheiro, recusa a acordar ou faltas constantes na escola, por exemplo, devem ser analisadas.

- Como isso prejudica a vida do meu filho (a)

Quando uma criança está com ansiedade de separação, o medo/angústia de se separar dos pais é tão grande que isso acaba impedindo o andamento normal de suas atividades cotidianas. Ir para a escola pode deixar essa criança tão mal que ela poderá se retrair, se isolar e não conseguir se envolver nas atividades. A preocupação com os pais poderá ser tão intensa que ela não conseguirá pensar em mais nada e, consequentemente dificuldades de atenção e prejuízos no aprendizado vão acontecer. Veja que é diferente da criança que chora ao chegar na creche/escola, mas com o tempo para de chorar e consegue participar normalmente da rotina escolar. Também é diferente dos momentos de adaptação, como troca de escola ou primeiro dia de aula. O medo/angústia devem ser exagerados e persistentes, percebendo-se que a criança não consegue se adaptar e que outras situações como essa também ocorrem em outros ambientes fora da escola. Ela poderá começar a evitar situações do dia a dia só por medo de estar longe dos entes queridos e isso é um sinal de que a ansiedade está prejudicando a vida da criança.

A ansiedade de separação é uma questão que deve ser observada e tratada, assim a criança poderá voltar a ter uma rotina normal e evitará prejuízos na vida social, acadêmica e afetiva. Quando não tratada, a ansiedade de separação pode se estender durante a adolescência e, na vida adulta, outros tipos de ansiedade ou outros quadros psicológicos podem surgir, causando sofrimento e prejuízos que a impedem de enfrentar os desafios da vida.

Os pais podem ajudar, evitando uma superproteção.. permita a criança explorar o mundo (garantindo um ambiente seguro que ela possa explorar) e a deixe tomar decisões de acordo com sua idade (seja na escolha de um brinquedo, na escolha de uma roupa, etc.).  Pais ansiosos também podem criar situações que façam a criança ter medo, por isso é preciso naturalidade nos momentos de dormir e ao deixar a criança na creche, por exemplo. Criticar a criança também não é uma boa saída. Isso poderá aumentar seu sofrimento e prejudicar sua autoestima. Caso necessário, procure ajuda e orientação de um psicólogo.


Espero que com essas dicas vocês possam tirar algumas dúvidas e saber diferenciar quando o apego é normal ou quando indica a necessidade de uma atenção especial.

Mayara Medeiros

sexta-feira, 20 de março de 2015

O livro "SEU FILHO NO DIA-A-DIA"



Foto: Reprodução


Antonio Marcio Junqueira Lisbôa, eleito pela Sociedade Brasileira de Pediatria como um dos vintes melhores pediatras do país, lançou o livro "SEU FILHO NO DIA-A-DIA", um tira-dúvidas para pais e mães compreendendo da infância à adolescência, responde as mais variadas perguntas sobre problemas comportamentais e orientações de como lidar com seus filhos. Em linguagem simples, o autor-pediatra demonstra na obra todo seu conhecimento e experiência. Desde dicas na educação dos pequenos até orientações sobre questões que tenham causas orgânicas. Um verdadeiro tratado sobre choro de bebês, xixi na cama, cólicas e febres.