quarta-feira, 18 de março de 2015

A descoberta da sexualidade na infância




Irei colocar para vocês algumas informações importantes sobre sexualidade infantil, tema este que deixam muitos pais, avós e cuidadores em uma saia justa, com dúvidas e dificuldades sobre o que fazer diante das descobertas sexuais. 

Foto: Reprodução






O bebê recebe e capta diferentes sensações e estímulos pela pele, corpo, olhos e ouvidos, pelas mãos e pés, além disso, quando são tocados na região intima diante de uma troca de fraldas e/ou higienização. Estas sensações são importantes para a descoberta das partes do corpo, pois o toque é um estímulo tátil que gera muito prazer e ao longo do amadurecimento e desenvolvimento do bebê, o mesmo aprende e gosta de tocar o seu corpinho também, incluindo a descoberta dos órgãos genitais.



A descoberta da sexualidade faz parte do desenvolvimento saudável e espera-se que todas as crianças passem por esta fase incipiente. No primeiro ano de vida, a criança pode apertar, colocar os dedinhos, esticar e olhar com toda atenção e curiosidade para a sua região intima. Mamãe e papai, isso é totalmente normal!



Muitas vezes isso acontece por acaso, quando, por exemplo, um brinquedo encosta na região. Assim, não é possível dizer que se trata de desejo sexual, na verdade, é apenas uma curiosidade. Por volta dos 3 (três) anos ou até antes desta idade, geralmente algumas crianças, livre das fraldas, começam a ter curiosidade pelos seus órgãos, tocá-lo e percebem que dá prazer. 

O que mais os pais e educadores devem fazer na ocasião, é passar para criança que esta descoberta é normal, é uma experiência sensorial, não é “feio”, bem como fazer com que ela perceba que há hora e lugar para a exploração do seu corpo.

Assim, quando a criança insistir em um comportamento em casa ou na escola, proponha a ela outra atividade. Um jogo, uma brincadeira, músicas.Com isso, irão perceber que o corpo é exclusividade delas e apenas quando estiverem sozinhas podem fazer esta exploração. Se o hábito de se tocar for sempre na frente das outras pessoas, diga ao seu filho que aquilo é algo tão especial que deve ser guardado só pra ele, e que seria melhor se deixasse para fazer em casa. 

Atenção, bater, xingar e reprimir não são caminhos para tratar a descoberta da sexualidade na infância, mesmo se o comportamento for insistente. Pois a sua criança não entende que, moralmente, o comportamento em público não é bem aceito. 


Desse modo, cabe a nós adultos dar à criança a oportunidade de realizar com tranqüilidade e sem fantasmas a exploração dos órgãos genitais, bem como ensiná-las a noção da intimidade. Para tanto, vale à pena procurar auxílio de um especialista se seu filho apresentar um comportamento compulsivo e ficar apenas com esse contato genital sem demonstrar mais prazer em brincar e demais atividades.

Larissa Mariane M. de Andrade Macedo

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